quinta-feira, 14 de março de 2024

Contas do município de Itajuípe Exercício 2021 estão disponíveis para apreciação dos munícipes

 alhos & bugalhos

Contas do município de Itajuípe Exercício 2021 estão disponíveis para apreciação dos munícipes


A Mesa da Diretora da Câmara através do Ato da Mesa Nº 19/24 - A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ITAJUÍPE, usando de suas

atribuições, e de acordo com o RI, colocou a disposição dos munícipes as Contas do Município de Itajuípe - Exercício 2021 - Gestor Marcone Amaral Costa Junior, que foi aprovada com ressalvas pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCMBa), Processo TCM nº 12006e22

Através do Ato e Cumprindo exigências legais previstas na LOMI e RI, inicia-se o processo de tomada e julgamento das contas do Executivo Municipal, Gestão 2021, Gestor Sr. Marcone Amaral Costa Júnior.  Recebidas às contas, acompanhadas do respectivo Parecer Prévio do Tribunal de Contas dos Municípios fica colocadas à disposição de qualquer contribuinte para exame e apreciação, pelo prazo de trinta (30) dias.

CAMACAN: PREFEITURA TEM FPM BLOQUEADO PELA RECEITA FEDERAL DEVIDO A FALTA DE RECOLHIMENTO DO INSS


A Prefeitura de Camacan, localizada no sul do estado, enfrentou um revés financeiro significativo após a Receita Federal bloquear o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A medida foi tomada em decorrência da falta de recolhimento e pagamento das contribuições previdenciárias ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O bloqueio do FPM representa um duro golpe para a gestão do prefeito Paulo do Gas (PSD), que agora se vê diante de desafios financeiros adicionais. Com a indisponibilidade desses recursos, a administração municipal enfrentará dificuldades para honrar seus compromissos financeiros e manter em pleno funcionamento os serviços públicos essenciais oferecidos à população.

A situação é alarmante, pois o bloqueio do FPM pode comprometer o pagamento de salários dos servidores municipais, além de afetar áreas como saúde, educação, infraestrutura e assistência social.

Diante desse contexto, o prefeito Paulo do Gas e sua equipe enfrentam um grande desafio para buscar soluções rápidas e eficazes que possam reverter essa situação e regularizar a situação fiscal do município. Medidas emergenciais e estratégias de gestão financeira serão fundamentais para superar esse momento de crise e garantir a continuidade dos serviços públicos municipais.

Senado aprova PEC que isenta veículos com mais de 20 anos de “vida” de pagarem IPVA


Na noite desta quarta-feira (13/3), o Senado Federal aprovou — por ampla maioria, 65 votos favoráveis e quatro contra — a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 72/2023, que isenta veículos com mais de 20 anos de pagarem o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

A medida agora segue para a Câmara dos Deputados. A PEC foi proposta pelo Senador Cleitinho (Republicanos-MG) e teve relatoria do senador Marcos Rogério (PL-RO). Atualmente, cinco estados no Brasil serão atingidos pela PEC, caso promulgada: Santa Catarina, Tocantins, Alagoas, Minas Gerais e Pernambuco.

Em Santa Catarina e Tocantins a legislação permite a isenção somente para carros com mais de 30 anos. Alagoas tem uma data específica: carros fabricados até 31 de dezembro de 2002 não pagam IPVA, ou seja, 21 anos.

Em Minas Gerais, apenas carros com “valor histórico” comprovado não pagam IPVA. Pernambuco não isenta veículos por tempo de fabricação.

As demais unidades da Federação já têm legislações específicas que isentam o IPVA para veículos com menos de 20 anos. No Distrito Federal, por exemplo, não pagam impostos os proprietários de veículos com 15 anos de fabricação. (Fonte: Correio Braziliense).

Priskas Eras



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quarta-feira, 13 de março de 2024

SI DANTAS FILIA-SE AO REPUBLICANOS E CONFIRMA PRÉ-CANDIDATURA A PREFEITA DE ITAJUÍPE

alhos & bugalhos

 

SI DANTAS FILIA-SE AO REPUBLICANOS E CONFIRMA PRÉ-CANDIDATURA A PREFEITA DE ITAJUÍPE


Marinho recebe Si Dantas, que confirma filiação ao Republicanos e pré-candidatura

Si Dantas confirmou, sua filiação ao Republicanos para disputar a Prefeitura de Itajuípe, no sul da Bahia, no pleito de outubro próximo. A pré-candidata se reuniu com o presidente estadual da legenda, o deputado Márcio Marinho, em Salvador.

A pré-candidata já foi vice-prefeita de Itajuípe, no período de 2009 a 2012, quando teve atuação na área social reconhecida. “Si Dantas traz para o nosso partido a sensibilidade feminina e a força política para ajudar o povo de Itajuípe. Terá nosso apoio com emendas e apoio junto aos governos federal e estadual para fazer uma grande gestão. É uma grande satisfação poder recebê-la”, disse o deputado federal Márcio Marinho, presidente estadual do Republicanos.

Si Dantas pretende estimular o desenvolvimento econômico, com fortalecimento do microempreendedorismo e estímulo à criação de novos negócios. Si fala em ações para o meio rural com melhores condições de acesso para mobilidade da população e escoamento da produção.

“Queremos desenvolver um grande trabalho à frente de Itajuípe. Todos lembram como era Itajuípe antes de nosso time governar nossa cidade. Bastava dizer que era de Itajuípe que não obtinham crédito. Resgatamos o orgulho de ser itajuipense”, relembra. “Vamos fazer um governo dialogando com a população e buscando apoios do governo do estado e federal”, disse.

ELEIÇÕES EM ITAJUÍPE

A disputa em Itajuípe tem, até agora, três pré-candidatos. Leo da Capoeira, que rompeu com o suplente de deputado estadual Marcone Amaral (PSD), filiou-se ao Avante no mês passado. A vereadora Lusiane da Saúde foi anunciada como o nome de Marcone na sucessão deste ano. Vai para a disputa pelo PSD. (pimenta.blog.br

Pagamento do 13º de aposentados e pensionistas é antecipado


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto antecipando o pagamento do 13º para segurados e dependentes a Previdência Social. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira. Terão direito ao pagamento segurados e dependentes que tenham recebido em 2024 o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão. O pagamento será feito em duas parcelas: A primeira parcela corresponderá a 50% do benefício devido no mês de abril e será paga juntamente com os benefícios dessa competência (depositados entre os cinco últimos dias úteis de abril e cinco primeiros dias úteis de maio). A segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da parcela antecipada e será paga juntamente com os benefícios da competência do mês de maio (depositados entre os cinco últimos dias úteis de maio e cinco primeiros dias úteis de junho). Na hipótese de o benefício ser cessado antes de 31 de dezembro de 2024 será pago o valor proporcional do abono anual. O abono costuma ser pago no segundo semestre de cada ano. Nos últimos anos, o governo tem antecipado o pagamento para estimular a economia. Como mostrou o GLOBO, cerca de 33 milhões de beneficiários devem receber o repasse. A medida vai injetar na economia no primeiro semestre em torno de R$ 66 bilhões.

Receita Federal antecipa para esta terça (12) liberação do programa do Imposto de Renda 2024


Receita Federal antecipou de sexta (15) para as 9h desta terça-feira (12) a liberação do programa para fazer a declaração do Imposto de Renda 2024. O órgão ressalta que, com a medida, a partir de amanhã, os contribuintes com conta gov.br níveis ouro e prata já poderão começar a preencher o documento.

O início do prazo para envio das declarações, porém, ficou mantido para dia 15, sexta-feira.

A Receita afirma que antecipar o acesso ao programa "é uma super ajuda para quem precisa organizar a documentação necessária para a declaração e evitar congestionamentos".

O programa poderá ser baixado pela página da Receita. O prazo para enviar a declaração terminará em 31 de maio.

Quem deve declarar

O Governo Federal explica que, neste ano, devem fazer a declaração:

·         Quem recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 30.639,90

·         Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior R$ 200 mil no ano passado

·         Quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitos à incidência do imposto;

·         Quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;

·         Quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022);

·         Aqueles que tinham, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023;

·         Quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física;

·         É titular de trust no exterior;

·         Deseja atualizar bens no exterior.

Restituição

A restituição do Imposto de Renda será paga de maio a setembro deste ano, conforme o calendário:

·         Primeiro lote: 31 de maio

·         Segundo lote: 28 junho

·         Terceiro lote: 31 julho

·         Quarto lote: 30 agosto

·         Quinto e último lote: 30 setembro

A prioridade no pagamento seguirá esta ordem:

·         Contribuintes idosos com idade igual ou superior a 80 anos;

·         Contribuintes idosos com idade igual/superior a 60 anos, deficientes e portadores de moléstia grave;

·         Contribuinte cuja maior fonte de renda seja o magistério;

·         Contribuintes que utilizaram a pré-preenchida e/ou optaram por receber a restituição por Pix;

·         Demais contribuintes.

 

Priskas Eras



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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

GÉRSON SOUZA, UM LÍDER CONSAGRADO

 

GÉRSON SOUZA, UM LÍDER CONSAGRADO

Gerson Souza presidindo o Legislativo de Itabuna

Por Walmir Rosário*

Tabelião do Cartório do 1º Ofício de Itabuna (registro de pessoas e casamentos), Gérson Souza era uma das pessoas mais influentes nas instituições da cidade, pela dedicação com que tratava as obrigações assumidas. E no futebol não era diferente. Na seleção de Itabuna era considerado um dirigente insubstituível e que conduziu o selecionado ao hexacampeonato baiano de amadores.

Gérson Souza era homem de aceitar desafios, inclusive no futebol. Em 1947, época de poucas estradas e veículos, chefiou a delegação da Seleção de Itabuna na partida contra a Seleção de Valença. E não era fácil, pois as estradas eram péssimas e o transporte disponível era a carroceria de caminhão. Após 12 horas de viagem venceram, e a partida seguinte seria contra Santo Amaro, em Salvador, porém o campeonato foi cancelado.

Daí pra frente Gérson Souza não deixou mais a Seleção de Itabuna e foi um partícipe importante na criação do Itabuna Esporte Clube, o primeiro time profissional da cidade, em 1967. Mas até chegar lá, o “Marechal do Hexa” esteve presente em todos os momentos, simplesmente apoiando ou coordenando a seleção amadora, bem como a equipe de profissionais, sempre com bastante sucesso e determinação.

Com a bondade que fazia o afago quando necessário, era capaz de tomar decisões mais duras que o momento exigisse. E não precisava alteração, bastava uma conversa de pé de ouvido que tudo se acertava. Sua argumentação convencia, mesmo nos momentos mais cruciais. Sabia como ninguém motivar diretores, jogadores e comissão técnica, com palavras simples, porém bem colocadas.

Na última partida para a conquista do hexacampeonato, Gérson Souza não titubeou ao suspender uma das maiores estrelas da seleção, o ponteiro-esquerdo Fernando Riela, por não ter permanecido concentrado com os demais jogadores. Numa conversa franca entre ele, o técnico Gil Nery e Fernando, expôs os prejuízos do comportamento e os riscos de sua atitude. Resolveu arriscar e os itabunenses comemoraram o título.

Provavelmente, o sucesso da Seleção de Itabuna tenha sido a convocação de uma base permanente, com substitutos à altura. Craques não faltavam em Itabuna e muitos ainda ficavam de fora desta super equipe. Porém Gérson Souza não conseguia ver um craque de outra cidade jogar, que não o convencesse a vir fazer carreira no brilhante futebol de Itabuna. Na maioria das vezes dava certo.

Um desses “convocados” por Gérson Souza foi Albertino Pereira da Silva, o goleiro Betinho, que trouxe – junto com Zelito Fontes – de São Félix para Itabuna, primeiro para o Janízaros, e depois para o Itabuna Esporte Clube. Betinho se notabilizou ao participar de uma partida jogando pela Seleção de Ilhéus contra o Santos. Pela sua atuação, foi levado por Pelé para o time da Vila Belmiro, mas devido ao seu comportamento não fechou um vantajoso contrato.

Em 1970, com a renúncia do presidente do Itabuna Esporte Clube, o time entrou em decadência, e mais uma vez Gérson Souza se dispõe a colaborar com o amigo Gabriel Nunes, que condicionou presidir o Itabuna com a sua participação. Das cinzas, o Itabuna ressurge com um plantel sem grandes estrelas, mas conscientes do que poderiam fazer para dar a volta por cima.

Apesar do descrédito de muitos, o Itabuna ganhou o segundo turno e se sagrou vice-campeão baiano. Não fossem as forças poderosas do extracampo, por certo teriam alcançado o primeiro lugar. Graças à união e credibilidade dos dirigentes junto aos torcedores, o time conseguiu os recursos necessários para participar dos jogos, com o apoio pessoal da torcida, mesmo nas partidas mais distantes.

Gérson Souza é daquelas personalidades que nascem de 100 em 100 anos e que vêm à terra com a finalidade de servir, tornar o mundo melhor com sua colaboração e dos amigos que o cercam. Encarar os desafios era uma de suas especialidades. Desprendido, coordenava e secretariava instituições com a maior naturalidade, debatendo e assumindo responsabilidades para si e o seu grupo.

E a responsabilidade com que traçava planos e projetos transmitia segurança em todos os segmentos da sociedade civil, que abraçavam suas ideias, tornando uma causa em comum de Itabuna. Era impossível a ausência de Gérson Souza nos projetos sociais. Sempre procurado pelo Executivo, Legislativo – do qual foi presidente –, Judiciário e líderes da sociedade, solicitando seus experientes conselhos para novos empreendimentos.

Sabia encarar os compromissos com muita seriedade sem ser sisudo. Ao contrário, a alegria de Gérson Souza era inebriante e contagiava os que conviviam com ele. Daí, trabalhavam com afinco até atingir os objetivos em plenitude e comemoravam as vitórias com a mesma intensidade. Gérson Souza é daquelas figuras ímpares, sempre lembradas com carinho pelo que fez em vida, deixando saudosos os que ainda choram seu desaparecimento.

*Radialista, jornalista e advogado

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

 

JORNALISTA LANÇA LIVROS NO BECO DO FUXICO

Os livros de crônicas humoradas sobre os temas

“Crônicas de Boteco – um guia sem ordem” e “Como Sobreviver à Pandemia” são os dois livros que serão lançados neste sábado (27), a partir das 10 horas, no Beco do Fuxico, em Itabuna, pelo jornalista Walmir Rosário. Crônicas de Boteco tem o prefácio do saudoso jornalista Tyrone Perrucho, enquanto Como Sobreviver à Pandemia é prefaciado pelo advogado José Augusto Ferreira Filho.

“Crônicas de Boteco, um guia sem ordem” é um livro para quem pretende se tornar um frequentador de botequins, os que porventura tenham alguma curiosidade sobre o clima reinante neles ou aqueles clientes costumeiros da extensão do lar. São crônicas bem-humoradas contadas sobre os botecos localizados numa única via pública de Itabuna, na o Beco do Fuxico, foi divido em três zonas, o baixo beco, o médio beco e o alto beco.


Frequentador de botequins neste imenso Brasil e alguns outros países, há várias décadas, Walmir Rosário conta histórias, costumes, o espírito de corpo, o humor dos proprietários e o que fazer para se tornar mais um dessas tribos. Não se incomode se o dono do boteco não lhe trata com a deferência esperada, pois pode estar fazendo charme para lhe conhecer melhor.

Já o livro Como Sobreviver à Pandemia não é destinado ao estudo da doença ou do aparecimento do vírus no Brasil, mas tão somente um retrato colorido dos aspectos sociais e econômicos tratado pelo autor com fina ironia das decisões das autoridades técnico-científicas e governamentais. As dezenas de crônicas que formam o livro representam o sentimento da sociedade, atônita com os sucessivos acontecimentos nacionais e refletidos em suas paróquias.

Ao final de cada crônica, a data em que foi concebida, com fatos noticiados na grande imprensa e presenciados pelo autor. Algumas crônicas foram elaboradas com o estilo debochado dos que observam as narrativas ideológicas e vendidas como ciência, sem qualquer dissimulação, como se fosse um roteiro de um filme de terror. Claro que sem os efeitos especiais vistos nas grandes produções de hollywoodianas.

Radialista, jornalista e advogado, construiu seu legado profissional literário ao longo de anos nos meios de comunicação em que trabalhou e na advocacia pública e privada. Atualmente mora em Canavieiras (BA) e se dedica a escrever artigos e crônicas, publicados no blog www.walmirrosario.blogspot.comdentre outros veículos de comunicação de Itabuna, Ilhéus e Salvador.

Recentemente escreveu os livros Josias Miguel – 70 Anos de História; Crônicas de Boteco – um guia sem ordem (Amazon); Como sobreviver à pandemia (Amazon); Os grandes craques que vi jogar – nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras (Amazon); O Berimbau – valhacouto de boêmios. Outros dois livros se encontram em edição e serão lançados brevemente.

 

CAMBÃO, O REI DO BECO DO FUXICO

Cambão reinou absoluto na Lavagem do Beco do Fuxico

Por Walmir Rosário*

Quem foi rei nunca perde a majestade! E esse ditado popular é por demais verídico, tanto na imaginação quanto na vida real. Exemplos nos saltam aos olhos a todos os momentos que vislumbramos uma figura portadora de “sangue azul”, mesmo na imaginação. Mesmo os que já perderam o reino e a coroa continuam ostentando a condição anterior, haja vista Dom Pedro II, exilado em Paris, que até na sua morte recebeu todas as homenagens.

Mas aqui não bisbilhotarei – garanto – a vida dos nossos monarcas vivos e mortos, e sim contar como foi instituído título nobiliárquico de tamanha magnitude no Beco do Fuxico, local em que transita a alta flor da mais fina boemia de Itabuna. E digo mais, não tivemos um só rei, mas dois. E isso porque um deles, o inicialmente escolhido não aceitou o encargo de ostentar a coroa real e abdicou do trono. Quer dizer, não foi bem abdicar.

Numa daquelas tardes conhecidas por sexta-feira, em que todos caminham em direção aos bares para aliviarem as tensões do dia ou dias da semana, eis que os frequentadores do Beco do Fuxico recebem uma notícia bombástica. E foi um momento de grande emoção, pois um grupo de frequentadores se reúnem para criar a Lavagem do Beco do Fuxico. E pra já, a uma semana antes do Carnaval.

E eles eram liderados pelo engenheiro Roberto Carlos Godygrover Bezerra (Malaca), de Salvador, que conseguiu convencer seu amigo Bel Moreira, que dava expediente no Beco do Fuxico. Malaca não se conformava de que um Beco como o Maria da Paz, era alvo de uma promoção de alto nível, sendo lavado para o Carnaval, como era que o de Itabuna, sede de tanto botecos deixava uma data momesca passar em brancas nuvens? Inconcebível!

E enquanto os detalhes eram pensados e planejados entre uma cerveja altamente gelada e uma cachaça com folha de figo no bar de Batutinha, a lavagem do Beco do Fuxico ia sendo colocada no papel. Ao final, faltava apenas um comandante para a lavagem, que não seria o Rei Momo, monarca de outras ocupações, ligada ao poder público. Tinha que ser um rei daqueles reais, saído do próprio ambiente, gente do Beco do Fuxico.

E não deu outra, o personagem escolhido foi o Caboclo Alencar, diretor do ABC da Noite há décadas, educando os novos alunos e toda a turma repetente, por anos a fio. E foi aprovado por unanimidade. Assim que comunicado da honraria, Caboclo Alencar não topou o encargo. Se mesmo sem querer já era chamado de rei das batidas, como faria para dar conta de um novo reino. Era muita coroa para um só rei.

E com toda a inteligência que Deus lhe deu, o Caboclo indicou o seu substituto, ali presente e que participou de todo o planejamento da promoção para a Lavagem, por ser um dos frequentadores mais antigos e assíduos frequentadores. Pessoa de bem, amigos de todos, boêmio com assento em diversos botequins de Itabuna e redondezas. Não teria nenhuma oposição à coroação de José Emmanoel de Aquino, melhor dizendo, Cambão, apelido que o nomeava desde a adolescência.

Nunca um grave problema como esse, que envolvia um cobiçado reinado foi resolvido em minutos, sem ameaças de invasões e guerras, indicações ou eleições. Cambão sempre foi uma pessoa que gozou e goza de prestígio em toda a sociedade itabunense, da pessoa mais simples ao alto escalão da política, economia, e que circulava com desenvoltura por todos os recantos da boemia.

Rei abdicado, rei posto, com direito a desfile em todo o Beco do Fuxico e circunvizinhanças, em traje de gala e coroa na cabeça, ainda mais com a indicação do professor Alencar Pereira da Silveira. Daqui pra frente bastava Cambão ir ao alfaiate tirar as medidas e colocar o traje real, circulando com toda a majestade entre os súditos na primeira notória lavagem de Itabuna.

A notícia da lavagem do Beco do Fuxico e a escolha real correu como rastilho de pólvora em toda a cidade, noticiada em rádios e jornais, com direito a uma notinha nas emissoras televisivas de Salvador. A festa, entretanto, esbarrou junto ao poder público municipal, que argumentou falta de tempo e orçamento para incluir a nova lavagem na programação do governo municipal.

Mais aí é que o engenheiro Malaca salva a lavagem ao disponibilizar um trailer de sua empresa, equipamento de aspergir betume no asfaltamento da construção das casas da Urbis (hoje Jardim Primavera). A lavagem estava garantida até as mangueiras estourarem, o que não prejudicou a festa que continuou até o último frequentador teve forças para sambar e beber.

Com a “prefeiturização” da festa, Cambão (José Emmanoel de Aquino) abdicou do cargo de Rei do Beco do Fuxico, mas a lavagem continuou sendo aberta pelos blocos Maria Rosa, Casados I...Responsáveis, Mendigos de Gravata, dentre outros. Hoje, a lavagem do Beco do Fuxico está totalmente descaracterizada da proposta inicial e é praticamente a festa do Carnaval de Itabuna.

*Radialista, jornalista e advogado

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

A Cronica de Walmir Rosário, Direto de Canavieiras - Bahia

 

ASSOCIAÇÃO, TIME REVERENCIADO ATÉ POR ADVERSÁRIOS

Clóvis Nunes de Aquino (embaixo à direita) e familiares

Por Walmir Rosário*

A cada dia o futebol contagiava os itabunenses e crescia em bons jogadores e torcida. No final da década de 1930, surge a equipe Associação Athletica Itabunense (AAI), considerado o “bicho-papão” do futebol. A proposta era apresentar um futebol amador de forma organizada, com técnica suficiente para ganhar partidas e campeonatos seguidos, com um elenco de fazer inveja aos adversários.

E a Associação, como carinhosamente era chamada, aterrorizava os adversários, principalmente pelo nível dos jogadores, em que titulares e reservas possuíam o mesmo potencial. Saía um entrava o outro e o time não caia de produção. Para isso, escolhiam uma zaga vigorosa, um meio de campo técnico e um ataque arisco, composto por jogadores que se movimentavam muito, sempre em direção do gol adversário.

A contratação de um jogador se baseava não apenas no talento com a bola. Eles tinham que primar pelo coletivo, fazer se respeitar dentro e fora de campo e cumprir as determinações técnicas para manter a tática imposta pelo técnico, entre eles, Costa e Silva. No período compreendido entre 1939 e 1946 a Associação Athletica se impôs no futebol de Itabuna e região se tornando pentacampeão.

Certa feita, numa entrevista concedida aos jornalistas, José Adervan, Ramiro Aquino, Antônio Lopes e Walmir Rosário, no Jornal Agora, um dos remanescentes da Associação, o engenheiro agrônomo e produtor rural Clóvis Nunes de Aquino, lembrou sua passagem pela equipe. E ele apresentou algumas cadernetas, nas quais registrava, fielmente, todos os dados das partidas realizadas pela Associação.

E Clóvis Aquino era um jogador fenomenal, um centroavante com talento e vigor suficiente para marcar os gols nas vitórias da Associação. Os seus predicados futebolísticos foram descobertos quando ainda estudante de agronomia na conceituada Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP). Mesmo assim, amargava jogar no segundo quadro da Associação e ser reserva do também craque Juca Alfaiate.

Embora não gostasse da reserva, mostrava seu futebol ao entrar em campo, no primeiro ou segundo quadro encantando os torcedores. E Clóvis Aquino recordava com alegria sua participação como titular da equipe principal em 1946, ano em que disputou o campeonato como dono da posição, o que lhe valeu o título de pentacampeão itabunense. Tudo registrado em suas cadernetas.

E as notícias do escrete “matador” chega à capital baiana e a diretoria dos times de Salvador se interessam em excursionar no Sul da Bahia, notadamente para jogar contra a famosa Associação Athletica Itabunense. No campo da Desportiva jogavam de igual para igual, e na maioria das vezes a Associação mostrava o seu magistral futebol, ganhando as partidas, sem se importar com os adversários.

Mais experta foi a Associação Desportiva Guarany, que veio ver de perto os propalados craques de Itabuna e resolveu levar o time inteiro para Salvador. Dos titulares, apenas Juca Alfaiate não aceitou a proposta e continuou na Associação. Mesmo assim, o Guarany contratou o segundo reserva de Juca, Elísio Peito de Pomba. Pela primeira vez, a equipe do Guarany se sagrou campeã baiana em 1946, único de sua história.

Alguns torcedores da Associação creditam o declínio da Associação à perda dos jogadores contratados pelo Guarany, a exemplo de Tombinha, Nivaldino, Amaral, Bolívar, Bacamarte, Quiba, Elísio Peito de Pomba, Elvécio, Tuta, Mangabeira, Juca e Zezé, sendo que estes três últimos se transferiram para o Flamengo local. Elísio Peito de Pomba foi o artilheiro do Guarany com 12 gols marcados no campeonato.

A Associação Athletica Itabunense possui uma história gloriosa, o que é inegável até pelos adversários. Se chegava a notícia de um grande jogador, a diretoria não media esforços para contratá-lo e assim formou a equipe mais temida do interior da Bahia. De início, um time de elite, no qual só jogavam atletas brancos; com o passar do tempo, passaram a aceitar pessoas de cor negra, sendo o primeiro deles, o zagueiro Ruído, de Jequié.

Nas cadernetas de Clóvis Aquino estão anotados jogadores famosos da Associação Athlética Itabunense (AAI) como Balancê, Niraldo, Mota e Victório na posição de goleiros, Bolivar, Álvaro, Bacamarte, Dircinho, na posição de zagueiros, na chamada linha intermediária Amaral, Mangabeira, Zecão, Helvécio e ainda os atacantes Tombinha, Puruca, Juca, Clóvis, Nivaldino, Tuta, Zezé e Nandinho.

E após muitos anos, torcedores e adversários se mostram saudosos com o futebol praticado pela Associação, um elenco digno de respeito e que se perpetuou na história do esporte itabunense. Alguns remanescentes daquela época não pensam duas vezes em escalar as equipes da Associação, com titulares e reservas, além dos gols e momentos importante de cada partidas que jogavam.

E a Associação permanece na saudade dos itabunenses.

*Radialista, jornalista e advogado


sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

PIX INTERLIGA BANCO CENTRAL AOS BOTECOS

 

PIX INTERLIGA BANCO CENTRAL AOS BOTECOS

 

Imagem sobre o PIX retirada do site do Banco Central

Por Walmir Rosário*

Se tem uns serviços prestados aos brasileiros que temos que tirar o chapéu são os bancários, mas somente em termos de avanço tecnológicos, que fiquem bem claro, para que eu não tenha problemas no futuro com bate-bocas inexplicáveis. Longe de mim perder tempo e gastar meus nervos com altercações que não levam a nada a não ser no desgaste físico e emocional com bobagens.

Dadas as devidas explicações, leio sempre que o Brasil – ou melhor, os bancos brasileiros – estão na vanguarda internacional quando o assunto é informática e segurança bancária na prestação de serviços aos clientes. Não poderia deixar de esclarecer, de pronto, que custam os olhos da cara – do cliente, é claro – para o gáudio dos riquíssimos banqueiros, sempre ávidos pelo nosso escasso dinheiro.

E aí, de forma desavisada, vem o Banco Central e cria o PIX, meio de transferência rápida, imediata, na mudança de titularidade dos nossos reais, desde que se encontrem dormitando nas contas bancárias. Melhor de tudo, de graça, sem as pesadas taxas e prazos decretados pelos bancos, sob a complacência do Banco Central, um aliado de todas as horas do sistema bancário, antes de sua autonomia.

E o PIX caiu em cheio no gosto do povo, apesar dos golpes aplicados pelos larápios cibernéticos. Uma ameaça aqui, outra acolá e o PIX seguiu seu caminho, mesmo a contragosto dos banqueiros, que não viam a hora de começar a cobrar pesadas taxas. Como o Banco Central não se amofinou, os banqueiros trataram logo de inventar serviços agregados ao PIX, oferendo dinheiro emprestado para quem não tinha a essencial provisão de fundo para a transferência.

Pela primeira vez os clientes aplicaram e encaixaram socos certeiros no queixo do sistema bancário. Se o pagador gostou do serviço, mais ainda os donos de estabelecimentos comerciais, que poderiam receber o pagamento sem destinar uma polpuda parte aos cartões, com a vantagem imediata de ter o resultado da venda creditado na sua conta bancária, ampliando o saldo bancário.

O PIX caminhou com suas próprias pernas (?) e podemos ver as plaquinhas de “aceitamos PIX” não só nos estabelecimentos comerciais, sejam qual o tamanho, mas e também nos empreendedores pelas diversas ruas e cruzamentos da cidade. Dando uma busca pela internet, consegui ver – até mesmo – pedintes exibindo suas placas de adesão ao serviço de transferência criado pelo Banco Central, com a finalidade de evitar a desculpa de “não tenho trocado”.

No mês passado, em Florianópolis, uma senhora de idade bastante avançada nos abordou no carro oferecendo uns docinhos, por três reais, cada. Agradecemos e recusamos a compra e ela não se deu por vencida: “Se não tem trocado, não tem problema, eu recebo pelo PIX”. Mas eis que chega nosso filho e partimos para outra avenida sem completarmos a relação de negócio com a empreendedora.

Não é comum eu circular por aí com dinheiro no bolso, a depender de onde vou e o que vou fazer. De acordo com minhas visitas, levo alguns trocados no bolso para o devido pagamento em dinheiro, reais em espécie. E um desses locais sempre foi o ABC da Noite, para minha satisfação e gozo das conceituadas batidas elaboradas pelo alquimista do Beco do Fuxico, Caboclo Alencar.

Como não tenho ido com frequência a Itabuna e, consequentemente, ao Beco do Fuxico, para o devido reconhecimento, preciso me atualizar, passando pelo Artigos para Beber e o ABC da Noite, para saber se José Eduardo e o Caboclo Alencar já aderiram ao PIX. Somente a título de lembrança, o Caboclo já frequentou escola de informática, em busca de conhecimentos cibernéticos. Daí para o PIX é um pulo.

Outra pesquisa que pretendia fazer – também in loco – seria na Confraria d’O Berimbau, onde o assunto ganhou destaque anos passados em relação aos cartões de crédito, isso, ainda, na administração de Neném de Argemiro e que ganhou destaque no jornal Tabu. De início, Neném não disse que sim nem que não, o que resultou numa assembleia, na qual nada ficou definida.

Com o fechamento d’O Berimbau, perdemos uma ótima fonte de pesquisa para saber da satisfação do cliente e do comerciante sobre o PIX como meio eficiente no pagamento de cachaças, cervejas e outras iguarias etílicas. Mesmo com minha pesquisa incompleta, poderei ter uma base da aceitação pelos donos de botequins, que hoje simplesmente deixaram de ouvir aquele sonoro aviso do cliente ao ir embora: “Some minha conta e tome no assento”.

Traduzindo: “Veja quanto devo e anote no caderno que pago depois, quando Deus mandar um bom tempo”. Com o PIX os cadernos de fiado vão deixando de existir e cairá por terra mais uma cultura popular. Dia desse cheguei num tradicional bar em Canavieiras e na hora de acertar a conta, o proprietário me apresentou uma folha de papel-ofício com um desenho chamado “QR code” e mandou que apontasse a câmera do celular para pagar com o competente PIX.

*Radialista, jornalista e advogado


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